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CONSTRUIR UMA LENDA, A HISTÓRIA DA HARLEQUIN
O rosto do romance mudou ao longo dos anos, mas no século XXI esse rosto pertence à Harlequin, que se transformou na líder da Literatura Romântica e é a maior editora do mundo dedicada a este género.
A Harlequin foi fundada no Canadá em 1949, publicando, no princípio, uma enorme variedade de livros que iam desde os mistérios aos romances passados no Velho Oeste, dos clássicos aos livros de culinária.
Em 1957, começou a comprar direitos à Mills & Boon, editora britânica que, desde 1909, estava especializada em romances. Nessa altura, a esposa do fundador da Harlequin comprovou a enorme popularidade destes «livros pequenos e bonitos com um final feliz», e sugeriu que a empresa se centrasse neles. Em 1964, a Harlequin passou a publicar exclusivamente romances.
Em 1968, a Harlequin transformou-se numa empresa cotada na Bolsa. A partir desse momento, pôs em marcha uma estratégia de marketing dirigida ao consumo em massa: grandes tiragens, que tornavam mais económicos os custos de produção e que, portanto, faziam descer os preços de venda ao público, facilitando desta forma a compra dos livros. Por outro lado, em vez de se concentrar em vender em livrarias, a Harlequin levou os seus livros para lugares de mais fácil acesso: quiosques, lojas de centros comerciais e supermercados e, para além disso, levou a cabo técnicas de marketing modernas e promoções que incluíam concursos, presentes, amostras, etc. Estas acções ajudaram a empresa a crescer uma média de 25% por ano durante os anos 70.
Em 1971, a Harlequin internacionalizou-se e instalou-se em Inglaterra, comprando a editora Mills & Boon. Assim, ficou com os direitos dos cem melhores e mais brilhantes autores românticos daquele país. Entre 1972 e 1985, estabeleceu a maior parte das empresas internacionais (na Europa, América Latina e Ásia) que tem agora. As suas vendas mundiais passaram dos 3 milhões, em 1970, para perto de 160 milhões de livros actualmente.
Já nos finais dos anos 80, a Harlequin consolidou-se como editora líder de romances no mundo.
A linha editorial da Harlequin também cresceu: de 8 títulos por mês, disponíveis em 1970, a mais de 70 que se publicam actualmente, repartidos em diversas colecções, cada uma com a sua própria personalidade e a maioria disponível em 23 línguas.
Em 1984, a Harlequin comprou a um dos seus mais diretos concorrentes a marca Silhouette de Simon & Schuster. Atualmente, os romances Silhouette aparecem ao lado dos títulos da Harlequin nas estantes de todo o mundo, fazendo da Harlequin a editora mais prolífica em livros de bolso.
A Harlequin distribuiu mais de três mil milhões de livros desde 1949 e espera escrever muitos mais capítulos da sua excelente história editorial.
CURIOSIDADES SOBRE A HARLEQUIN
Durante os últimos quarenta anos, os protagonistas da Harlequin beijaram-se 20 000 vezes, partilharam cerca de 30 000 abraços e dirigiram-se ao altar pelo menos 7 000 vezes.
No ano passado, a Harlequin vendeu mais de 160 milhões de livros em todo o mundo, o que significa a venda de mais de 5,5 livros por segundo.
Se puséssemos uns sobre os outros todos os livros da Harlequin vendidos num só dia durante o ano transato, a pilha seria cinco vezes mais alta do que o Empire State Building de Nova Iorque.
Se se pusessem em fila os livros que a Harlequin vendeu no ano passado, poder-se-ia percorrer as duas margens do Nilo, as do Amazonas e uma margem do Rio Grande.
Os livros da Harlequin vendem-se em mais de 100 países e são traduzidos para 23 línguas.
Todos os meses e em todo o mundo, são lançados perto de 800 títulos da Harlequin, editados por empresas de 16 países. No total, a Harlequin distribui mais de 3 000 milhões de livros.
Mais de 50 milhões de mulheres em todo o mundo leem livros da Harlequin.